A primeira quinzena de julho foi marcada por queda no volume de alfaces, tanto devido à menor área plantada quanto ao clima frio, que atrasou o desenvolvimento da folhosa, ocasionando janelas na disponibilidade do produto. Além disso, na segunda metade do mês, a ocorrência de geadas causou perdas severas nas lavouras paulistas de Ibiúna e Mogi das Cruzes. Assim, houve redução expressiva na oferta de alfaces, o que impulsionou os preços. Já a liquidez seguiu limitada, impedindo maiores valorizações, visto que as baixas temperaturas também reduziram o consumo.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em julho o preço médio da variedade crespa subiu 9,8% em Mogi das Cruzes frente ao de junho, fechando o mês com média de R$ 0,71/unidade. Para a variedade americana, que foi a mais prejudicada pelo atraso no ciclo, a valorização mensal foi de 8,5% na mesma região, para R$ 1,23/unidade em julho. Em Ibiúna, houve significativo aumento de 44,8% no valor da crespa, que registrou média de R$ 0,53/unidade em julho; para a americana, a média fechou a R$ 1,09/unidade, 29,2% maior, na mesma comparação.