No painel “Perspectiva para o mercado de açúcar até 2030”, dentro do 14 Congresso Nacional da Bioenergia, o CEO da Indian Sugar Exim Corporation Limited (ISEC), Adhir Jha, traçou um panorama do setor na Índia, maior consumidor mundial e segundo maior produtor.
Conforme o executivo, nos últimos dez anos, a Índia ter uma produção de açúcar acima da linha de 30 milhões de toneladas passou a ser o “novo normal”. No entanto, o panorama da indústria nos próximos anos deve mudar com o impulso no blend de etanol à gasolina. “Em 2010, a produção de açúcar do país fora de 26 milhões de toneladas, e se situou a partir de meados da década passada acima da linha de 30 milhões de toneladas. Nos últimos três anos, aumentamos as exportações de forma contundente. Ao mesmo tempo, os estoques garantem, em média, três meses de consumo para a indústria, enquanto que tentamos reduzir o superávit exportável através das exportações. Desta forma, a Índia passará a ser uma exportadora regular de açúcar”, disse Jha.
As estimativas preliminares da ISEC para o ciclo 2021/22, que inicia outubro, apontam para uma produção de açúcar na Índia de 31 milhões de toneladas. As exportações da commodity devem ficar entre cinco e seis milhões de toneladas, com cerca de três milhões de toneladas de açúcar desviadas para a produção de etanol.
O executivo da ISEC admite que, apesar do etanol estar começando a se tornar uma prioridade para o governo e para a indústria da Índia, com metas ambiciosas para os próximos anos, as usinas estarão tentadas a produzirem mais açúcar na medida em que o preço global da commodity está favorável.
Por Agência Safras