O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta terça-feira, 17. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a dinâmica de negócios segue sem grandes mudanças. Os frigoríficos seguem com uma frente bastante confortável em suas escalas de abate, que ainda atendem entre cinco e sete dias úteis de comercialização, em média. Em São Paulo, foram relatadas algumas tentativas de compra abaixo da referência média, mas sem grande aderência por parte do pecuarista.
“Importante destacar o ótimo desempenho das exportações no decorrer do mês de agosto, sinalizando para um bom ritmo de compras por parte da China. O Brasil se beneficia das recentes decisões do governo da Argentina além dos problemas de rebanho na Austrália. Esses dois países apresentam retração das vendas de carne bovina com destino ao mercado chinês”, assinalou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 316 – R$ 317 na modalidade à prazo, ante R$ 318 na segunda-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 316, contra R$ 314. Em Cuiabá, preços do boi gordo a R$ 308, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 315 a arroba, ante R$ 314.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Segundo Iglesias, a tendência de curto prazo remete a menor espaço para reajustes, em linha com a menor propensão a reajustes durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. A carne de frango ainda conta com a predileção do consumidor médio, algo compreensível nas atuais circunstâncias macroeconômicas, e essa dinâmica não deve mudar até o final do ano.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 17 por quilo. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,25 por quilo, estável. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 16,90 por quilo.