Soja Brasil

Alta do dólar cobre perdas em Chicago e garante preço firme para a soja

O produtor segue retraído no mercado brasileiro, forçando ganhos mais consistentes para voltar a negociar, de acordo com análise da Agência Safras

A forte alta do dólar frente ao real suplantou as perdas de Chicago e garantiu preços firmes para a soja no mercado brasileiro nesta quarta-feira (18). O produtor segue retraído, forçando ganhos mais consistentes para voltar a negociar.

“O que apareceu de soja no mercado foi adquirida. Por isso houve negociações moderadas. Registro de oferta de R$ 170 para a safra nova para meados de fevereiro foi observado”, resume o analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 172 para R$ 172,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 171 para R$ 171,50. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 175,50 para R$ 176.

Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 170,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 175.

Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 177 para R$ 177,50. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 164. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 171 para R$ 173,50.

Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos. A previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras no Meio Oeste dos Estados Unidos deflagrou um movimento técnico de vendas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nova venda por parte dos exportadores privados. No nono dia seguido de vendas, dessa vez o volume envolveu 131 mil toneladas para a China.

Mas já há sinais de que as compras chinesas estejam se esgotando. Nas movimentações da madrugada no país asiático, os preços cederam com o sentimento de que o interesse comprador dos importadores estaria diminuindo, em decorrência do menor interesse nas vendas internas de farelo.

Amanhã o USDA divulga o relatório com as vendas líquidas semanais e a expectativa do mercado é de um número entre 900 mil e 1,2 milhão de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 10,75 centavos de dólar por bushel ou 0,78% a US$ 13,58 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,53 1/4 por bushel, com perda de 8,25 centavos ou 0,6%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,50 ou 0,69% a US$ 357,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 61,93 centavos de dólar, perda de 0,61 centavo ou 0,97%.

Câmbio
O dólar comercial fechou o dia em R$ 5,3750, com alta de 2,05%. Esta expressiva alta se deve à ata da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), sinalizando que os estímulos à economia, por ora, estão inalterados e, principalmente, pelas incertezas no cenário interno, com o governo concentrando esforços na aprovação da reforma tributária e Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios.

Por Agência Safras