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Desaceleração da China não vai impactar demanda por alimentos, diz Daoud

A desaceleração da economia chinesa vai impactar o comércio internacional, mas não deve diminuir a demanda do gigante asiático por alimentos

Com o avanço da variante Delta da covid-19, uma quantidade cada vez maior de analistas está revendo para baixo as estimativas para o PIB da China em 2021, de 8,8% para até 8% em algumas estimativas mais pessimistas.

A situação piorou depois do país asiático voltou a fechar cidades e paralisar portos.

Na opinião do colunista do Canal Rural Miguel Daoud, a desaceleração da economia chinesa certamente vai impactar o comércio internacional, mas não deve diminuir a demanda do gigante asiático por alimentos. “No caso das commodities agrícolas, a demanda vai continuar aquecida. Os chineses têm o plano de alcançar o pódio de soberania econômica. E eles continuam trazendo a população pobre do campo para as cidade, integrando na economia. E para isso é preciso comida. E o Brasil tem um cenário muito bom”, diz.

Segundo Daoud, no entanto, demanda aquecida não significa preço. “O que vinha determinando os preços das commodities era a ação dos especuladores que iam atrás de ativos para aplicarem  dinheiro. Mas o cenário mudou com a possível retirada dos estímulos monetários da economia americana, o que ligou o aspirador de dólares nos Estados Unidos”, explica.