A exportação brasileira de café solúvel diminuiu 7,4% nos primeiros sete meses deste ano em comparação com igual período de 2020. Os embarques no período atingiram 2,21 milhões de sacas de 60 kg ante 2,39 milhões de sacas de janeiro a julho do ano passado. Os dados são das indústrias do setor, filiadas à Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).
Conforme a associação, a perda de competitividade reflete, entre outros fatores, “a elevação dos preços do café no mercado interno e problemas logísticos de escassez de contêineres e navios, que se tornaram rotineiros, com picos de agravamento pontuais e que perduram até hoje, gerando dificuldades e elevação nos custos para todo setor exportador brasileiro”, afirma em nota o diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima.
Ele acrescenta que há cenários apontados por especialistas de até um provável caos logístico, com falta de navios que deverá se estender até 2022, o qual já afeta as exportações de café em grãos. Após um primeiro quadrimestre com exportações crescentes, o desempenho do setor começou a declinar a partir de maio em relação ao mesmo período de 2020.
“Com essa mudança de tendência, o setor de solúvel reviu seus números para uma possível queda considerável no volume embarcado em 2021 frente a 2020, interrompendo três anos de evolução contínua”, aponta Lima. Segundo o diretor da Abics, o setor projetava a possibilidade de crescimento de até 3% este ano.
Por Estadão Conteúdo