Soja Brasil

Soja: cenário não motiva produtor e negócios seguem lentos

Para amanhã, as atenções estão voltadas para as vendas líquidas semanais americanas, que serão divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

A cautela do produtor tem marcado as negociações de soja no mercado brasileiro. O vendedor vem segurando o produto, esperando por um cenário melhor, resultando em poucos negócios e
preços regionalizados.

E as condições recentes não têm motivado a comercialização. Ao contrário, Chicago registrou quase estabilidade em um dia de muito sobe-desce nos preços. Já o dólar caiu forte pela segunda sessão consecutiva.

Produtor, acompanhe os preços da saca nas principais praças:

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 169,00 para R$ 169,50.

– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 168,00 para R$ 168,50.

– Porto de Rio Grande: o preço baixou de R$ 172,00 para R$ 171,50.

– Cascavel (PR): o preço aumentou de R$ 167,00 para R$ 168,00 a saca.

– Porto de Paranaguá (PR): a saca passou de R$ 171,50 para R$ 172,50.

– Rondonópolis (MT): a saca baixou de R$ 175,00 para R$ 174,00.

– Dourados (MS): a cotação ficou em R$ 163,00.

– Rio Verde (GO): a saca caiu de R$ 170,00 para R$ 168,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais altos. O dia foi de movimentação limitada e de muita volatilidade. O cenário financeiro melhor e as preocupações com o tamanho da safra americana deram sustentação ao
mercado ao final da sessão.

O mercado iniciou o dia no território negativo, realizando parte dos ganhos da sessão anterior, quando os contratos subiram cerca de 3%. Notícias de chuvas sobre parte do Meio Oeste americano ajudaram na correção técnica. Mas ao longo do dia os preços foram encontrando suporte e reagiram.

Para amanhã, atenções voltadas para as vendas líquidas semanais americanas, que serão divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, às 9h30. O mercado projeta número entre 1,2 milhão e 2,1 milhões de toneladas.

O desenvolvimento da safra americana merece atenção redobrada. Os agentes já especulam sobre o relatório de setembro do USDA, que trará números com base em levantamento de campo pela primeira vez na temporada. Mas ressalvam que dados mais precisos deverão ser apurados em outubro, quando os trabalhos dos produtores avançarem mais no campo.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 9,00 centavos de dólar por bushel ou 0,67% a US$ 13,46 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,32 por bushel, com ganho de 1,00 centavo ou 0,07%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,60 ou 0,73% a US$ 352,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 61,89 centavos de dólar, ganho de 0,80 centavo ou 1,3%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,95%, sendo negociado a R$ 5,2110 para venda e a R$ 5,2090 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2070 e a máxima de R$ 5,2710.

Agenda de quinta

– Perspectivas para a produção da safra 2021/2022 – Conab, às 9h

– Atualização das estimativas para a produção global de grãos – CIG, na parte da manhã.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– EUA: a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2021 será publicada às 9h30 pelo Departamento do Comércio.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15h.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.