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Boi volta a perder preço no atacado com lenta reposição

Os frigoríficos ainda operam com escalas de abate bastante confortáveis e devem exercer pressão sobre o mercado no decorrer da semana

O mercado físico de boi gordo registrou preços pouco alterados nesta terça-feira. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, os frigoríficos ainda operam com escalas de abate bastante confortáveis e devem voltar a exercer pressão sobre o mercado no decorrer da semana.

“No momento, as escalas de abate estão posicionadas entre cinco e oito dias úteis em média. A entrada de animais a termo e a utilização de confinamentos próprios tornam a situação ainda mais confortável para os frigoríficos de maior porte”, disse Iglesias.

No curto prazo, não há indícios de mudanças de quadro. Os frigoríficos
devem seguir exercendo pressão durante o mês de setembro. “As exportações de carne bovina seguem em boa perspectiva neste momento,
com o Brasil ganhando mercado em da Argentina e da Austrália”, apontou Iglesias.

Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 311 na modalidade à prazo, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 298, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311, ante R$ 311 a R$ 312. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$
303. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 a arroba.

Atacado
A carne bovina voltou a apresentar preços mais baixos no mercado
atacadista. Conforme Iglesias, a expectativa é que haja maior propensão de reajustes durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo. “Mesmo que se confirme um comedido movimento de alta dos preços da carne há pouco espaço para retomada da alta do boi gordo neste momento, considerando o confortável posicionamento das escalas de abate”, disse o analista.

O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,40, por quilo, queda de R$ 0,10. Ponta de agulha também foi precificada a R$ 16,40, por quilo, queda de R$ 0,10. O quarto traseiro segue precificado a R$ 21,25, por quilo.