Piscicultura cresce no sul de Santa Catarina, informa Senar-SC
Os criadores de peixe do extremo sul catarinense estão investindo intensamente na atividade, especialmente, no cultivo de tilápia. Para melhorar a produtividade, a lucratividade e aumentar o conhecimento na área, a Associação de Aquicultores de Turvo e Região (Aaquatur) buscou no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), o apoio que precisava com cursos e assistência técnica.
A supervisora regional do Senar-SC na região sul do estado Sueli Silveira Rosa, destaca que com o início do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) na área da piscicultura no sul, foi possível melhorar a produtividade de 20% a 40%, tanto em qualidade de pescado como na produção em menor tempo com planejamento e técnicas aplicadas à propriedade. “Em alguns casos o Senar-SC é tão importante que os relatos dos produtores demonstram que estão investindo na atividade somente pelo suporte do técnico de campo”, enfatiza Sueli ao exemplificar que o produtor Laércio Casa Grande, de Jacinto Machado, estava há 10 anos com o açude pronto, mas somente agora teve coragem de iniciar o cultivo.
A produção do extremo sul de Santa Catarina ainda é pequena quando comparada com outras regiões do estado que investem pesado na piscicultura. Porém, a expectativa é dobrar a produção de 300 toneladas para 600 toneladas de tilápia com a mesma área de cultivo no próximo ano. Isto será possível com planejamento de povoamento de alevinos, recria e engorda, possibilitando duas despescas de pescado por safra.
Sueli enfatiza que o Programa de Assistência Técnica e Gerencial atende, mensalmente, 25 produtores da cadeia da piscicultura no sul com visitas de quatro horas em suas propriedades, onde são realizadas orientações técnicas e gerenciais para melhorar a produção e aumentar a produtividade. Os indicadores gerados pela atividade auxiliam o técnico de campo a orientar o produtor a encontrar a melhor forma de manejo para cada propriedade. Atualmente, o grupo possui uma área de aproximadamente 20 hectares de lâmina de água que é utilizada para o cultivo de peixes.