Segundo Diniz Filho, há falta de algodão no mundo e o preço subiu mais de 100% nos últimos anos.
? Nos próximos quatro ou cinco meses, o setor vai viver situação muito crítica por isso tivemos que recorrer ao governo ? disse.
A área têxtil e de confecções emprega quase 1,7 milhão de pessoas no país.
Aguinaldo Diniz Filho informou que deverá haver “alívio” no fornecimento da matéria prima no segundo semestre, pois o Brasil deverá colher 1,8 milhão de toneladas de algodão, 80% a mais do que a safra de 2010, quando foram colhidas um milhão de toneladas.
? Mas, os próximos meses vão ser perigosíssimos, em vista do preço alto e da escassez mundial do produto ? avaliou.
Produtores
Preço alto era o que faltava para estimular os produtores brasileiros. A área plantada aumentou entre 30% e 40%. Para a safra que começa em maio, 1,1 milhão de toneladas já está vendida. O empresário Marco Antônio Aluísio foi um dos que comprou parte disso. Ele fornece para o mercado interno e também para o Exterior. Quando receber a fibra, deve revender por um valor até três vezes maior que o negociado em 2010.
A safra de 2011 vai não apenas aumentar a oferta do mercado interno, mas garantir a exportação pelo menos até outubro, quando começa a colheita no hemisfério Norte.
? Ao contrário do que possa parecer, a oferta maior não vai fazer diminuir o preço em função das exportações. Como até outubro deve haver exportação, isto vai puxar o preço também no mercado interno ? diz Aluísio.
Concorrência
Diniz Filho lembra que os produtos têxteis brasileiros contam com “o agravante da concorrência predatória da China”.
Ele afirma que o país oriental afeta com a sua política de preços tanto a indústria têxtil brasileira, quanto a automobilística e a de aço.
? A concorrência da China não é igualitária, isonômica, por isso a gente precisa ter nossa defesa comercial sempre muito ativa em relação a eles ? concluiu.
Preços
Os preços estão como há muito tempo não se via. No mercado internacional, o algodão chegou a atingir o maior nível em 140 anos na bolsa de Nova York. Aqui no Brasil, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a alta acumulada só em janeiro foi de 23%, com a libra-peso acima dos R$ 3,50. Desde 1996, não era registrado um aumento tão significativo.
Preço alto era o que faltava para estimular os produtores brasileiros. A área plantada aumentou entre 30% e 40%. Para a safra que começa em maio, a expectativa é de colher 1,8 milhão de toneladas. Deste total, 1,1 milhão já estão vendidas. O empresário Marco Antônio Aluísio foi um dos que comprou parte disso. Ele fornece para o mercado interno e também para o Exterior. Quando receber a fibra, deve revender por um valor até três vezes maior que o negociado em 2010.
A safra de 2011 vai não apenas aumentar a oferta do mercado interno, mas garantir a exportação pelo menos até outubro, quando começa a colheita no hemisfério norte.
? Ao contrário do que possa parecer, a oferta maior não vai fazer diminuir o preço em função das exportações. Como até outubro deve haver exportação, isto vai puxar o preço também no mercado interno ? diz Aluísio.
Se o produtor e o revendedor consideram o preço bom, a indústria não pode dizer o mesmo. De acordo com a analista Maria de Lourdes Yamaguti, empresas maiores, que conseguem estocar a fibra, sentem menos os efeitos da alta do algodão. Porém, quem precisa comprar constantemente a matéria-prima está pagando mais caro.
Também participaram do encontro com o ministro outras entidades representativas da indústria têxtil e de confecções.