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Frio e geada tardia deixam regiões produtoras do Sul em alerta

La Niña dificulta o aumento da temperatura do solo o que traz dificuldades para o início da instalação da safra 21/22

A quarta-feira, 20, começou com temperaturas baixas e geadas nos pontos mais altos da região Sul, o que chegou a afetar, inclusive, a fruticultura, como as macieiras.

Na Serra Catarinense, Urupema, Urubici, Bom Jardim da Serra e São Joaquim registram apenas 3°C de temperatura mínima na última madrugada, bem abaixo do esperado para o período. A média climatológica para outubro em áreas mais altas do Sul do Brasil é de 11°C.

E o responsável por este frio tardio é o La Niña, que já está regendo a primavera no Brasil.

Geada

A geada não atingiu as áreas produtoras de soja no Sul, mas o frio dificulta a germinação das sementes que precisam de temperaturas em volta dos 25°C no solo para semeadura plena.

No momento, a temperatura do ar, em média, está em 16°C. “Temos que pensar que quem esquenta primeiro é o solo. Ele recebe a onda curta do Sol, aquece e esquenta o ar. Para o ar chegar a 25 graus, o solo tem  que ter essa temperatura. O problema, no entanto, é que as madrugadas tem sido frias e o solo tem perdido “calor” para atmosfera durante as noites”, explica a meteorologista Desirée Brandt.

Além disso, com o solo mais frio, fica mais difícil drenar a água da chuva que deixou o solo saturado nos últimos dias.

Quinta-feira

Nesta quinta-feira, 21, o sol predomina e as temperaturas sobem em grande parte da região Sul, mas a infiltração marítima ainda provoca chuva ao longo do dia no leste de Santa Catarina e Paraná, inclusive nas capitais. As instabilidades perdem força e a sexta-feira termina ensolarada por todas as áreas do Sul do Brasil.