Os preços da soja negociada na bolsa de Chicago estão nos maiores patamares dos dois últimos anos, oscilando na casa de US$ 14 por bushel. A valorização acontece porque há uma forte demanda da China pelo produto, os estoques nos Estados Unidos estão baixos e, além disso, o mercado está preocupado com o desenvolvimento da safra na Argentina, terceiro maior exportador mundial do grão, que sofreu muito com a falta de chuvas.
Segundo Fabio Trigueirinho, secretário-geral da Abiove, as exportações estão sendo beneficiadas pelo quadro de oferta e demanda, que deixa os preços mais elevados.
? A soja está em patamares de preços bons, o que está ajudando o país a gerar mais receita.
Segundo ele, o cenário para este ano é muito positivo para o Brasil, e por isso a estimativa de estoque final está bastante apertada, em 1,806 milhão de toneladas, ante 2,056 milhões na temporada passada. A Abiove manteve a estimativa de exportação do grão em 31 milhões de toneladas, acima das 29,2 milhões enviadas ao exterior na temporada anterior.
? A demanda internacional está boa, uma vez que os EUA não têm grandes estoques. Em relação à China a demanda é crescente; todo ano o país aumenta os volumes e isso mantém os estoques num nível ajustado. O Brasil tem a oportunidade de comercializar volumes expressivos antes da entrada da safra americana (em outubro), e vai dar tempo de aproveitar esses preços ? afirmou Trigueirinho.