Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando Gutierrez Roque.
- O mercado da soja permanece com as atenções voltadas para o plantio e desenvolvimento inicial da nova safra sul-americana, evolução da colheita nos EUA e nos movimentos da demanda chinesa no mercado internacional. Além disso, os players também se posicionam frente ao relatório do USDA de novembro, que será divulgado no próximo dia 9.
- No Brasil, os trabalhos de plantio da nova safra continuam evoluindo em ritmo acelerado, apesar de alguns excessos de umidade na região Sul. O ritmo continua acima da média normal para o período. As condições para o desenvolvimento inicial das lavouras são consideradas boas na maioria dos estados. Apesar disso, a próxima semana deve trazer grandes acumulados de chuvas para os estados de Mato Grosso, Goiás, parte de Minas Gerais e para as regiões Norte e Nordeste, o que pode trazer alguns problemas para a evolução das máquinas nos campos. De qualquer forma, o panorama inicial da safra brasileira é promissor.
- Na Argentina, os trabalhos de plantio ainda estão em fase inicial, mas o retorno da umidade nas últimas duas semanas foi favorável para a recuperação da umidade dos solos na maioria das províncias. A próxima semana deve reservar um clima pouco úmido para a chamada Zona Núcleo, que pode permitir a intensificação dos trabalhos nas principais províncias produtoras.
- Nos EUA, após duas semanas de chuvas mais intensas em alguns estados, os trabalhos de colheita agora estão um pouco atrasados frente à média normal para esta época do ano. Mesmo assim, não há relatos de problemas relevantes na safra americana, conforme o esperado. Frente a isso, o mercado espera que o USDA traga uma nova elevação na estimativa de safra em seu relatório de
novembro. - A expectativa de que a safra norte-americana seja maior, aliada a um bom desenvolvimento da nova safra sul-americana, pesou sobre o mercado nesta última semana. Além disso, poucas vendas de soja dos EUA para a China foram anunciadas, o que completou o quadro negativo. Atenção redobrada aos novos números do USDA. Uma safra maior que a esperada pode voltar a pesar sobre o mercado.