O estado do Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de soja do país e nesta safra 21/22, a estimativa é de recorde de produção, com 21,3 milhões de toneladas.
Atualmente, a área destinada ao plantio já atinge 53%, de acordo com o Emater-RS. O nível está acima da média dos últimos cinco anos, que é de 46,7% para o período. Assim, a área de semeadura no estado foi aumentada em 3% em comparação ao ciclo anterior.
Mas nem tudo são maravilhas. De acordo com o diretor da Aprosoja-RS e futuro presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo, Carlos Alberto Fauci, os preços em relação aos máquinas e equipamentos, em adubos, insumos, inseticidas e fungicidas tiveram alta de mais de 100% em relação à safra de soja passada na região.
“Acredito que, por isso, o produtor está muito renitente a fazer algum negócio futuro porque o mercado está dando umas variadas e o custo subiu muito. Então acho que o produtor não vai fixar preço antes da safra”, acredita.
Trabalhos adiantados
Fauci afirma que a implantação da oleaginosa no início desta temporada começou adiantado. “Hoje, em torno de 85% da área de soja do município já está plantada”, conta. Segundo ele, por conta do clima da região ser favorável, o solo tem muita fertilidade, sendo que há mais de 30 anos o sistema de plantio direto é adotado em quase 100% das propriedades.
Para ele, outro diferencial de Passo Fundo – cuja média de produtividade é de 65 sacas de soja por hectare – é o investimento do produtor em tecnologia e em maquinário. “É uma das regiões mais tecnificadas do estado”, considera.