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Boi gordo tem nova escalada nos preços e tendência aponta para novas altas

A expectativa é de novas altas no curto prazo, em linha com o ótimo potencial de consumo no decorrer do último bimestre, diz Safras

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos nesta terça-feira (30). Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, novamente houve registro de negócios realizados com preços acima das referências médias. “A tendência ainda é de alguma alta dos preços no curto prazo, em linha com o ótimo potencial de consumo no decorrer do último bimestre, período pautado pelo ápice da demanda de carne bovina em escala nacional”, assinalou.

A oferta de animais terminados, prontos para o abate, segue restrita e é a grande variável de sustentação dos preços das boiadas neste momento. “Os frigoríficos tentam cadenciar as compras, evitando movimentos de alta ainda mais agressivos. O foco de momento é o atendimento da demanda doméstica no último bimestre, com pedidos do varejo acontecendo até o final da primeira quinzena de dezembro. Após esse período, o mercado tende a fluir de maneira mais lenta”, completou Iglesias.

Em relação à China, o mercado segue em compasso de espera, sem novidades acerca de novas certificações para a carne bovina brasileira.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 324 na modalidade à prazo, ante R$ 322 na segunda-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 320, contra R$ 317. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 318, contra R$ 315. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 307, ante R$ 306. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 330 por arroba, contra R$ 327.

Atacado

O mercado atacadista apresenta preços estáveis, com perspectiva de alguma alta dos preços no curto prazo. “A demanda doméstica possui limitações, mas a capitalização do consumidor médio durante o último bimestre tende a permitir moderada alta dos preços. Esse movimento e limitado justamente pelo descontrole inflacionário em meio a notáveis dificuldades macroeconômicas, a exemplo da criação de novos postos de trabalho e avanço da renda média. Nesse ambiente seguirá em curso o processo de migração para proteínas concorrentes, prioritariamente a carne de frango”, disse Iglesias.

O quarto traseiro seguiu com preço de R$ 23 por quilo. A ponta de agulha ainda esteve com preço de R$ 15,70 por quilo. O quarto dianteiro seguiu no patamar de R$ 16 por quilo.