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Censo de Confinamento DSM registra crescimento do rebanho confinado no Brasil

A pecuária de corte do Brasil registrou 5,26 milhões de bovinos confinados em 2019, valor 10,7% superior ao rebanho confinado em 2015

A pecuária de corte do Brasil registrou 5,26 milhões de bovinos confinados em 2019.

O dado é do Censo de Confinamento DSM 2019, estruturado pelo Serviço de Informação de Mercado (SIM), da DSM, detentora da marca Tortuga® de suplementos nutricionais para bovinos, equinos e pequenos ruminantes.

O número desse ano mostra um crescimento de 2% sobre o registrado ano passado, que foi de 5,18 milhões de bovinos, e 10,7% superior ao rebanho confinado em 2015, quando a DSM começou a fazer esse levantamento e contabilizou um total de 4,75 milhões de animais confinados, e 40,3% ao de 2016, quando foi registrado o menor volume.

Regionalmente, o Censo mostrou que as regiões Centro e Sudeste (onde se destacam SP, MG, GO, MS e MT) continuam com o maior número de bovinos confinados, com total de 3,83 milhões. A região Norte veio em segundo lugar com 597 mil animais, seguida pelas regiões Nordeste e Sul, com 372 mil e 340 mil bovinos, respectivamente.

“O levantamento da DSM comprova que o pecuarista brasileiro está cada vez mais atento para a produtividade do rebanho. Notamos que, em função de uma série de benefícios proporcionados pelo confinamento, é cada vez mais comum a opção por esse sistema para a terminação de bovinos de corte”, comenta o zootecnista Marcos Baruselli, gerente de categoria Confinamento da DSM, e pontua que esse volume poderia ser ainda maior por dois fatores: 1) chuvas abundantes no outono esse ano; e 2) o preço do milho mais alto que o previsto.

Sobre o primeiro ponto, o especialista da DSM lembra que, como geralmente as chuvas no Brasil Central (onde estão algumas das principais regiões de pecuária do País) começam a ficar escassas em abril, é um fato incomum na região as chuvas se estenderem até junho, como ocorreu esse ano, deixando os pastos verdes por um período mais longo e afetando a decisão dos produtores sobre o momento de confinar os animais, que ocorre nos meses mais secos. “Nesse ano, percebemos que tivemos um primeiro giro de confinamento menor e um segundo giro maior, com um número maior de animais confinados. E grande parte dos confinadores fez apenas um giro”, informa Baruselli.

A respeito do preço do milho, apesar do recorde de produção esse ano, o grão foi muito exportado e o preço da saca girou em torno de R$ 40,00, quando o esperado era de R$ 30,00. “De janeiro a setembro, as exportações de milho chegaram a 30,1 milhões de toneladas, um volume 138,4% superior ao comparado com igual período do ano passado. A safrinha, por exemplo, foi praticamente toda exportada”, comenta o especialista. Porém, ele pontua que mesmo com o custo da ração mais alto, os confinadores que adotaram tecnologias na nutrição animal tiveram resultados muito positivos em termos zootécnicos e de rentabilidade.

Perspectivas positivas

A rentabilidade do confinamento nesse ano é a maior desde que a empresa começou a monitorar esse índice em 2015, no Tour DSM de Confinamento, que é a maratona de dias de campo em que os especialistas da companhia mostram os resultados zootécnicos da aplicação das suas tecnologias na dieta dos bovinos confinados e o time do Cepea/USP apuram os índices financeiros desse sistema produtivo.

“Nesse ano, percebemos uma rentabilidade superior a 10% no período do confinamento, o que dá uma média acima de 3% ao mês, que chega a ser superior à média aferida no Tour DSM de Confinamento que, embora alta, é de 2,7% ao mês”, conta Braruselli, que atribui esse indicador positivo ao preço recorde da arroba que, em outubro, bateu em R$ 181,40 para o mercado futuro nas negociações na B3. “Com o custo de produção da arroba no confinamento entre R$ 120,00 e R$ 130,00, o preço alto da arroba atualmente e no mercado futuro gera boa margem”, completa.