Baixos estoques americanos e especulações sobre safra argentina mantêm alta da soja

Analista acredita que a alta deve ser mantida mesmo depois da colheitaA desvalorização do dólar no Brasil não está afetando os preços da soja. As altas constantes na Bolsa de Chigago devem garantir a rentabilidade ao produtor, que começa a colher a safra nos próximos meses.

No último ano, a valorização do grão foi de mais de 50% no mercado. Para a analista da consultoria Ag Rural, um dos motivos é que os Estados Unidos estão com os mais baixos estoques da história e é pressionado pela demanda chinesa. Danielle Siqueira também destaca a incerteza quanto ao tamanho da safra da Argentina.
 
? Embora tenha chovido lá nas últimas duas semanas, até o começo de janeiro, se esperava uma grande quebra de safra porque o tempo estava quente e seco. Apesar de ter melhorado um pouco, não se sabe qual vai ser o tamanho da safra argentina. De todo modo, não deve ser tão grande quanto se esperava inicialmente ? acredita.

A especialista acredita que a tendência é de esta alta tenha continuidade mesmo após a colheita. O motivo é porque os Estados Unidos precisa manter a valorização para atrair produtores e aumentar a produção. Ela estima que a colheita brasileira de soja deve chegar a 69 milhões de toneladas.