Em fazenda de Campo Novo do Parecis, no oeste de Mato Grosso, as plantadeiras e colheitadeiras estão trabalhando juntas. Enquanto uma retira a soja plantada há cerca de 100 dias, a outra lança no solo as sementes do algodão segunda safra.
“O clima este ano foi muito bom [para a região]. Foi bastante chuvoso, com chuvas regulares. Não tivemos verânico durante a cultura, com um plantio tranquilo. A média de produtividade nessas áreas precoces é em torno de 60 sacas [de soja] e as áreas médias em torno de 70 a 80 sacas [por hectare]. Nossa expectativa é de colher dez sacas a mais se comparado ao ano anterior”, detalha o engenheiro agrônomo Guilherme Augusto Castelli Vieira.
Em outra fazenda do município, a colheita da oleaginosa começou em 27 de dezembro de 2021 e não parou mais. Assim, o agricultor Milton Bazila plantou 3.600 hectares do grão nesta safra e espera que a regularidade das chuvas continue favorecendo o desenvolvimento das lavouras de soja. Nas primeiras áreas colhidas, o desempenho foi considerado satisfatório. “Colhemos 99 hectares esses dias e a média deu 74 sacas. Acho que vai se estabilizar nessa faixa de 70 sacas nas próximas áreas”, diz.
Segundo ele, ainda existem áreas arenosas no fechamento final da colheita, onde a expectativa é menor. No entanto, a média deve ser acima da registrada no ciclo anterior. “No ano passado sofremos muito. Colhemos 65 sacas em média e, para este ano, estou pensando em média de 68“, considera.
Área de soja no município
De acordo com o Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, são mais de 364 mil hectares plantados com soja nesta safra no município. Por lá, a expectativa geral é fechar a média final de produtividade com média de 60 sacas por hectare, oito a mais do que a temporada passada.
O agricultor Antônio César Brólio acredita que o desempenho dos agricultores do município será fundamental para se prepararem para enfrentar os custos de produção da safra 22/23, que prometem ser ainda mais elevados no estado e no restante do país.