Serra gaúcha celebra qualidade da safra de uva

Cultura do tomateiro também continua sendo favorecida pelas condições de clima na região serrana do RSA colheita da uva bordô está no auge na serra gaúcha, a mais importante área produtora do país. Segundo dados do Informativo Conjuntural elaborado pela Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Ascar) da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS), a produção tem apresentado bons rendimentos, ótima sanidade e teor de açúcar, o que leva a uva a ser disputada pelas cantinas, tanto para vinho como para suco.

A cultura do tomateiro também continua sendo favorecida pelas condições de clima na região serrana. Os frutos apresentam ótimo calibre e coloração. O mesmo ocorre com o figo, que teve iniciada a colheita nas áreas altas da Serra gaúcha, com frutas de bom calibre e ótima sanidade. Nos mesoclimas mais quentes, como nos Vales, a colheita já alcança 70% da área plantada.

Para a cultura da soja, as condições meteorológicas registradas do centro para o norte do Estado foram benéficas. O padrão pode ser considerado, em muitos casos, excelente e com potencial de produção acima do esperado. As exceções ficam por conta das regiões da campanha e sul – que representam 7% do total plantado de soja nesta safra, onde a estiagem mais intensa e prolongada faz com que as lavouras apresentam sinais de perdas.

A evolução final da safra principal de feijão no Estado apresenta boas perspectivas. Restam apenas 24% de área a ser colhida e, dentre estas, 19% já em ponto de colheita, devendo ser concluída dentro das estimativas, com boa qualidade e produtividade mesmo que nas regiões da campanha e sul tenham ocorrido perdas em decorrência da estiagem.

Já a colheita do milho segue avançando de forma intensa, atingindo nesta semana 24% do total plantado. Outros 20% estão em ponto de colheita e com ótimo potencial. Os 38% que se encontram nas fases de floração e enchimento de grãos estão em situação considerada regular, com tendência a apresentarem prejuízos nas lavouras plantadas nas regiões da campanha e sul, onde a estiagem se faz sentir de forma mais intensa.

O clima desfavorável na região da campanha e parte da zona sul prejudica também o desempenho da bovinocultura de corte, provocando uma redução na oferta de animais para o abate. Nestas regiões o Estado geral do rebanho é considerado razoável, e os animais seguem perdendo peso. Projeta-se uma redução do número de nascimentos para próxima primavera, devido à visível diminuição da ocorrência de cio nas fêmeas e ao baixo índice de prenhez. Já nas demais regiões do Estado, em geral, a situação é considerada satisfatória e normal.

No caso da bovinocultura de leite, as condições climáticas da Campanha e parte da Zona Sul provocaram redução dos volumes comercializados do produto. A situação, no entanto, não afeta significativamente os números gerais do Estado, uma vez que esta produção tem um caráter voltado para o abastecimento local. As estimativas de perdas seguem sendo de uma diminuição, que varia de 50% a 40% do volume destinado à indústria de laticínios local.

Para minimizar os impactos produzidos pela falta de alimento, o governo federal, através de sua política de estoque regulador, decidiu liberar o trigo armazenado nos armazéns credenciados, localizados na região norte do Estado, para ser distribuído aos produtores mais prejudicados, bastando que as prefeituras dos municípios atingidos providenciem o transporte até as localidades.