Com menor receio em relação à variante Ômicron da Covid-19, aumentaram os temores de que a oferta global de petróleo não será capaz de acompanhar demanda.
O barril do tipo Brent, referência global, avançou 25% desde o final de novembro para US$ 88.
Além da tensão em relação à oferta, os preços do petróleo ampliaram os ganhos mais cedo, depois que a Agência Internacional de Energia elevou a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity em 2021 e 2022, em seu relatório mensal.
Segundo a agência, 2022 deve ser o ano em que a demanda por petróleo deve retornar aos níveis pré-pandemia.
De acordo com o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, com a perspectiva da diminuição no consumo do combustível fóssil nos próximos anos, os países produtores estão diminuindo a oferta. “Os países estão renovando a matriz energética, com isso, os produtores estão diminuindo a oferta, mantendo o preço em patamares altos. A tendência é que o preço do barril chegue próximo dos US$ 100”, diz.
Segundo Daoud, o que pode atenuar o impacto é a cotação do dólar. “O dólar está perdendo valor diante de outras moedas por causa da expectativa do aumento de juros lá nos Estados Unidos”.