Segundo os fiscais da Gerência Executiva do órgão em Marabá, poucas propriedades respeitaram a sanção de desmatamento, sem permitir a recuperação do meio ambiente degradado. Na ação, nove fazendas acabaram multadas em cerca de R$ 155 milhões tanto por descumprir o embargo quanto impedir a regeneração da floresta. As terras com problemas estavam nos municípios de São Félix do Xingu, Santana do Araguaia, Cumaru do Norte, Santa Maria das Barreiras e Bannach.
? Se a proibição de uso tivesse sido cumprida, já haveria uma mata crescendo nestas áreas. Ao invés disso, encontramos pastagens, com rebanhos associados. A continuação da atividade pecuária impediu a regeneração natural da floresta ? explica o coordenador da operação, Diego Guimarães, da Divisão de Fiscalização do Ibama em Marabá. Todos os fazendeiros autuados foram notificados para retirar em até 30 dias o gado das áreas embargadas.
A operação Harpia é uma das maiores investidas do Ibama contra a quebra dos embargos aplicados às áreas ilegalmente desmatadas no Pará. Ela aconteceu simultaneamente nas regiões de Marabá, no sul e sudeste, e em Santarém, no oeste do Estado.
? O Ibama está preparando o terreno para futuras ações de fiscalização nos moldes da operação Boi Pirata I e II. Quem insistir em criar gado em terras desmatadas e embargadas, vai ter os animais apreendidos. A pecuária ilegal é um dos grandes responsáveis pelo desmatamento da floresta amazônica e será combatida ? afirmou o chefe da Divisão de Fiscalização do instituto no Pará, Paulo Maués.
Neste ano, 90 operações de médio e grande porte estão prevista para ocorrer no Pará.