O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 1,4 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, o quarto mês seguido de piora, descendo aos 75,1 pontos, menor patamar desde agosto de 2020, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 2,6 pontos. Para Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), “os últimos resultados sugerem que a recuperação do mercado de trabalho deve ser mais lenta do que a ocorrida em 2021. O ambiente macroeconômico difícil e potenciais riscos de aumento da incerteza global, não permitem vislumbrar uma mudança na trajetória do indicador no curto prazo”, afirmou Tobler, em nota oficial.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. Em fevereiro, seis dos sete componentes contribuíram negativamente para o resultado. A exceção foi o item que mede a Situação Atual dos Negócios no setor de Serviços, com contribuição positiva de 0,5 ponto. O principal destaque negativo foi o componente Situação Atual dos Negócios da Indústria, que reduziu em 1,0 ponto o IAEmp no mês.
(Estadão Conteúdo)