O consultor empresarial David Roquetti Filho, que foi diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), disse que o estoque no Brasil é de pelo menos 13 milhões de toneladas – entre insumo já internalizado e encomendado. “Muitas coisas (fertilizantes) já foram antecipadas e compradas”, disse ele durante webinar promovido pelo Insper Agro Global na noite de quinta-feira (24), com o tema “Geopolítica e desafios do agro brasileiro em tempos turbulentos”.
Roquetti acrescentou que há estoques suficientes para quatro meses. O Brasil consome anualmente 40 milhões de toneladas de fertilizantes, sendo 85% importados, dos quais 20% do total vem da Rússia e 65%, da Eurásia.
Para ele, a preocupação dos reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia “existe e é importante”. “Mas não é para causar pânico.” Roquetti Filho acrescentou que o Brasil ainda “tem um respiro” para pensar o que vai acontecer até 2023. “Se eventualmente faltar alguma coisa (adubo para plantio na próxima safra) vai ser pontual”, garantiu ele, acrescentando, porém, que ainda há uma grande interrogação: até quando a guerra no Leste Europeu vai durar? “Esta é a palavra-chave de tudo”, concluiu.