Soja Brasil

Preços da soja reagem após altas de Chicago e do dólar

Bom desempenho de outras commodities garantiu o movimento de recuperação de parte das perdas da semana passada, quando as cotações caíram quase 7%

Os preços da soja reagiram nesta terça-feira (5) no mercado brasileiro, acompanhando os ganhos dos contratos futuros em Chicago e do dólar frente ao real. No entanto, a movimentação permaneceu lenta, com os produtores retraídos e atentos à reta final da colheita.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos seguiu em R$ 182,00

– Região das Missões: a cotação permaneceu em R$ 181,00

– Porto de Rio Grande: o preço subiu de R$ 184,00 para R$ 185,00

– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 170,00 para R$ 174,00 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 176,00 para R$ 180,00

– Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 159,50 para R$ 161,50

– Dourados (MS): a cotação aumentou de R$ 168,00 para R$ 173,00

– Rio Verde (GO): a saca avançou de R$ 160,00 para R$ 163,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em alta. O bom desempenho de outras commodities garantiu o movimento de recuperação de parte das perdas da semana passada, quando as cotações caíram quase 7%.

A alta das commodities segue ligada às preocupações com o conflito na Ucrânia. A semana iniciou com o sentimento no mercado de que um acordo para o fim da guerra ainda está longe de ser alcançado.

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Outro ponto que ajuda na recuperação é a boa procura pela soja norte-americana. As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 737.372 toneladas na semana encerrada no dia 31 de março, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 725 mil toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 19,50 centavos de dólar por bushel ou 1,23% a US$ 16,02 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 15,89 por bushel, com ganho de 22,25 centavos ou 1,42%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 5,10 ou 1,13% a US$ 455,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 72,34 centavos de dólar, com ganho de 1,14 centavo ou 1,6%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em alta de 1,12%, cotado a R$ 4,6610. A moeda norte-americana chegou a quebrar a barreira dos R$ 4,60, mas foi ganhando força ao longo da sessão, embalada pelas expectativas com a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que será divulgada amanhã, e pelos ruídos na Petrobras.

Agenda de quarta

– Eurozona: O índice de preços ao produtor de fevereiro será publicado às 6h pelo Eurostat.

– A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente a março.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana anterior será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– EUA: A ata da última reunião de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) realizada entre os dias 15 e 16 de março será publicada às 15h pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).