No mês passado, os sindicatos bloquearam, durante oito dias, o acesso a 18 portos e processadoras que embarcam cerca de três quartos das exportações agrícolas da Argentina. As exportadoras calculam que a paralisação provocou um prejuízo de US$ 564 milhões.
O protesto só foi interrompido por determinação do Ministério do Trabalho, que convocou um período de 15 dias de trégua, para uma conciliação obrigatória. Mas o líder sindical Walter Cabrera disse que, uma vez vencido o prazo, os empregados podem voltar a paralisar as atividades.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, e o terceiro maior exportador da oleaginosa. Esse período costuma ser de baixa atividade nos portos ao longo do Rio Paraná, já que os produtores acabam de concluir o plantio. A colheita do girassol ainda encontra-se em estágio inicial. Mesmo assim, a paralisação das exportações influencia os preços internacionais.