A colheita da soja atinge 83% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, era 74%. Em igual momento do ano passado, os trabalhos atingiam 95%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 97%. As informações são de levantamento do Emater-RS.
O início do período com chuvas e a alta umidade impediu o avanço da colheita na maior parte do estado. O retorno das máquinas no campo se intensificou na última sexta-feira (6), limitando-se às lavouras de topografia mais elevada, já que, nas mais baixas, ainda havia muita umidade, impossibilitando o acesso.
Nos dias subsequentes, as atividades foram intensas e buscaram diminuir a proporção de lavouras já maduras expostas as intempéries. A soja colhida apresentou alta umidade, acima da ideal para a operação.
Permanecem a campo 16% em maturação, e 1% está em fase final de enchimento de grãos. Onde as precipitações foram em maior volume, constatou-se danos nos grãos de plantas maduras, como abertura de vagens, queda e início de germinação de grãos. As lavouras em maturação não apresentaram danos causados pelo longo período de alta umidade.
A produtividade estimada, na amostragem, permanece próxima ao levantamento anterior, mas há possibilidade de pequena redução, ou seja, variando entre 1.400 e 1.500 kg/ha na média estadual (de 23,3 a 25 sacas/ha), representando variação negativa de 55% da produtividade projetada inicialmente.
A partir da estimativa de produtividade das diferentes regiões do estado, pode-se destacar diferentes faixas de produção, que ilustram, em maior ou menor grau, os efeitos da estiagem durante os meses iniciais de cultivo.