Trigo: indústria argentina rejeita "fideicomiso" para combater inflação

A Federação Argentina da Indústria de Moagem (FAIM) expressou sua preocupação com a alta inflação no país, poucas horas após conhecer os dados de abril, e rejeitou a implementação do “fideicomiso” – estrutura corporativa de administração de ativos – para estabilizar os preços da farinha de trigo.

Em comunicado, a FAIM alega que o sistema de fundos estabilizadores não favorece nem prejudica nenhuma empresa em particular, mas que as empresas observam com receio o seu funcionamento face às experiências negativas com modelos que propuseram soluções semelhantes.

“Este não é um instrumento que combata este problema, razão pela qual oportunamente apresentamos diferentes alternativas em busca de uma ferramenta que se aplique como política pública que assegure o objeto final que se propõe neste modelo”, indicam da FAIM.

Para concluir, eles estão dispostos a discutir modelos alternativos para aproximar o insumo dos consumidores.

O Fundo Estabilizador é uma iniciativa do governo argentino que busca estabilizar e conter o preço interno da tonelada de trigo comprada pelas usinas argentinas.

O financiamento é realizado através da cobrança do diferencial de 2% da DEX (Direitos de Exportação) de farelo e óleo de soja (passou de 31% para 33%), o que representa aproximadamente entre 370-400 milhões de dólares. A medida abrange 11 empresas exportadoras de subprodutos de soja, das quais 8 representam 95% do total exportado.

Por Agência Safras