Doutor em Ciência Política e diretor da Dominium Consultoria Política, Leandro Gabiati acredita que a falta de recursos para o agronegócio, que vem sofrendo com a diminuição e o esgotamento de financiamentos, deve ser uma das pautas principais do setor na campanha presidencial de 2022.
Ele afirma que a questão ambiental também é outro tema importante nessas eleições. “Ainda há quem acredite que o agronegócio é inimigo do meio ambiente. Mas as grandes empresas do setor sabem que perdem muito em imagem e faturamento se não respeitarem as regras básicas no processo de produção”, diz Gabiati. “Esperemos que os candidatos tenham a percepção de que o agro não é inimigo, mas aliada na questão ambiental”.
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Sobre o conceito de alguns setores da sociedade de que o agronegócio deveria ser incluído na reforma tributária de maneira mais severa, o cientista político lembra que, muitas vezes, áreas de economia que demonstram alto desempenho acabam atraindo esse tipo de visão. “O alto faturamento do agro, o recorde de safra, as exportações, com saldo positivo na balança comercial, serão temas sensíveis na hora de apresentar propostas de reformas tributárias. O setor deverá defender que ‘não se mexa na galinha de ovos de ouro’. Quanto menos o Estado interferir, melhor para o Brasil”, conclui Gabiati.
