O Brasil exportou 2,8 milhões de sacas de café em maio, apresentando uma queda de 6,7% no comparativo com maio de 2022, e uma diminuição de 5,1% em relação ao mesmo mês em 2021. As recentes melhoras nas condições de logística favoreceram as exportações do café brasileiro. No entanto, a situação continua sendo desafiadora para os exportadores, dado os custos mais altos de frete e disponibilidade de contêineres. Adicionalmente a situação atual na Europa Oriental (a guerra na Ucrânia) ainda traz preocupações aos exportadores. As informações partem do relatório de junho do mercado de café do Rabobank.
Segundo o Rabobank, nas próximas semanas os preços devem ficar voláteis devido à incerteza nas demandas e suprimentos (o atraso na colheita brasileira), problemas na logística, o conflito entre Rússia e Ucrânia e o inverno no Brasil com risco de geada.
Em junho de 2022, segundo o relatório, a taxa de barter alcançou 3,3 sacas por tonelada métrica, uma queda de 10% em relação ao mesmo período de 2021, mas um avanço de 17% comparado ao mês anterior de 2022. Desde março de 2022, os preços da ureia caíram, tendo um impacto positivo no índice.
Em maio de 2022, o preço do café no Brasil atingiu uma média de R$ 1,261 a saca de 60 quilos, um aumento de 1% sobre o mês passado e 53% sobre o mesmo mês de 2021. Em junho de 2022, o preço do café atingiu média de R$ 1.319, destacou o Rabobank.
De acordo com o Rabobank, a chuva de maio foi abaixo da média na maior parte das regiões produtoras de café. Para a qualidade do café, o tempo seco pode ser favorável à colheita. Entretanto, o atraso da colheita do café foi reportado, especialmente nas regiões de café robusta (conilon). A maturação tardia e problemas trabalhistas (disponibilidade de mão de obra e custos altos) impactaram a escolha.
Por Agência Safras