? A gente procurou fazer uma interface bem simples, pois o usuário final é o veterinário a campo habilitado pelo Ministério. Com uma interface fácil, ele já vai ter um cadastro de animais, que gera um relatório e imprime automático. Facilita, tem as informações, dá mais credibilidade a elas e padroniza ? explica Luis Gustavo Corbellini, professor de epidemiologia da UFRGS.
No campo, a produtora rural Cláudia Mumberguer acompanha atenta o trabalho dos técnicos que usam o sistema. Nove animais vão ser monitorados na propriedade dela.
? Para evitar uma doença pior é importante, porque eles têm que ser vacinados. Tudo porque, quando vem uma doença, aí não tem cura. E assim tem chance, não é? ? conta dona Cláudia.
O projeto começou em janeiro. Até o fim do ano, as 1,6 mil cabeças de gado do município devem ser examinadas três vezes.
? É feito a tuberculina, é coletado o sangue e é feito aplicação dos brincos, que é da rastreabilidade ? explica o veterinário Alexandre Costa.
Parte dos materiais usados nos testes é doada pelo Ministério da Agricultura. O produtor só paga pelo brinco, que custa R$ 0,50 cada.
? Nós temos que atingir 100% dos animais para conseguir a certificação a nível municipal. Tivemos o cuidado de conversar com cada produtor antes de implantar o programa, explicando o funcionamento. Temos uma boa receptividade, o pessoal tem usado o bom senso e está aderindo. Até porque não é só uma questão de saúde do rebanho, é uma questão de saúde pública, pois se tratam de duas zoonoses que passam do ser humano para os animais e dos animais para o ser humano ? explica Leonardo Scherer, chefe do Departamento Municipal de Agricultura.
A ideia é que o programa passe a ser usado a partir de agora nos outros municípios que iniciarem a prevenção contra as doenças, primeiro no Rio Grande do Sul e depois nos outros Estados.