O clima seco e as temperaturas mais elevadas deste ano estão comprometendo a umidade dos solos, limitando o avanço dos trabalhos no campo. Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em julho, o volume acumulado de precipitações foi de até 5 mm nas regiões produtoras de mandioca.
Assim, o plantio e a colheita foram interrompidos em muitas áreas, e as indústrias de fécula e de farinha continuaram com dificuldades em manter o esmagamento. Conforme colaboradores do Cepea, a maior parte das fecularias se abasteceu em regiões distantes, mesmo com maiores custos de transporte. Assim, estimativas do Cepea apontam redução de 14,6% no volume de moagem das fecularias na última semana. Neste cenário, os preços continuaram em alta.
A média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 931,93 (R$ 1,6207 por grama de amido), superando em 0,9% a média do período anterior. Atualizado (deflacionamento pelo IGP-DI), o valor da última semana ficou 85% acima da média do mesmo período do ano passado. A análise pertence aos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).