No decorrer dos próximos dias, junto com uma nova frente fria, vai se formar um corredor de umidade em parte do Brasil. É o que avisa a meteorologista da Climatempo, Desirée Brandt.
“Mas diferentemente do que estávamos esperando até semana passada, esse corredor de umidade vai ficar um pouco mais ao Sul”, avisa Desirée. “Deve favorecer, portanto, condições de chuvas mais volumosas entre o Paraná, sul de Mato Grosso do Sul e o Paraguai”.
Com isso, a nebulosidade tende a aumentar na faixa que vai do norte de Mato Grosso do Sul a Rondônia, passando por Mato Grosso. Nessa área, contudo, as chances de chuva ainda são muito pequenas.
Mais um corredor de umidade
No período de 20 a 26 de setembro, outro corredor de umidade deve se formar, favorecendo uma condição um pouco maior de chuva entre Mato Grosso do Sul, oeste de Mato Grosso e Rondônia. Assim, deve favorecer uma condição maior de chuva.
“Para esta semana, no entanto, esse corredor fica um pouco mais restrito ao Sul”, informa a meteorologista. “O lado bom é que vai aumentar a umidade do solo, especialmente entre Paraná e Mato Grosso do Sul, favorecendo, dessa forma, as culturas de inverno desta região”, explica.
Notícias Relacionadas
Áreas com mais de 200 dias sem chuva expressiva
Para os próximos dias, a expectativa para o Centro do Brasil ainda é de tempo seco. Em algumas áreas entre Minas Gerais, Goiás, leste de Mato Grosso do Sul e interior do Nordeste já tem mais de 200 dias que não chove de forma mais expressiva, não tem volumes acima de 10 milímetros. E essa condição deve se manter por mais algum período, indica a especialista.
“A expectativa é de chuva volumosa somente a partir do fim de outubro” — Desirée Brandt
“Para muitas destas áreas, a expectativa é de chuva volumosa somente a partir do fim de outubro. Até lá, a expectativa é de tempo seco, com temperaturas elevadas, o que deve diminuir cada vez mais a umidade do solo”, pontua Desirée.
Esse clima serve para favorecer o andamento da colheita de áreas produtoras. Além disso, ajuda na qualidade das fibras de algodão em Mato Grosso, por exemplo. Contudo, por outro lado, amplia o risco de surgimento de novos focos de incêndio.
