“A safra está bastante interessante este ano”. O comentário é do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), André Dobashi. De acordo com ele, os trabalhos na área destinada à soja estão em cerca de 18% no estado.
O presidente da Aprosoja-MS é o entrevistado desta quinta-feira (27) do programa Direto ao Ponto.
Dobashi comenta que, diferentemente do que se esperava, o La Niña no estado não aconteceu. “O produtor sul-mato-grossense tem problemas para colocar a semente no chão. É uma safra de bastante volume de chuva, o que é ótimo. Estamos com 15% a 18% da área plantada”.
Área de soja deve crescer 2%
Segundo o presidente da Aprosoja-MS, apesar do clima, não é prevista em Mato Grosso do Sul uma expansão de área significativa na safra 2022/23 para a soja. As previsões apontam para 2% no comparativo com o ciclo passado.
“Imaginávamos que íamos vencer o vazio sanitário no dia 15 de setembro e colocar essa semente no chão somente após a virado do mês, porque não ia chover. E já choveu em setembro mesmo”.
Industrialização impulsiona produção agropecuária
A industrialização em Mato Grosso do Sul vem crescendo a cada ano e, conforme Dobashi, vem impulsionando a produção agropecuária. A chegada da Inpasa, usina de etanol de milho, em Dourados, deve gerar um consumo interno de aproximadamente um milhão de toneladas do cereal produzido na região.
“O produtor está animado e não poderia ser diferente. Você tem a oportunidade, por exemplo, de comercializar com quem te vende o DDG. Você leva o milho e volta o DDG para a fazenda. Hoje, Mato Grosso do Sul, com o processo de industrialização que vem sofrendo, tem assistido uma rentabilidade do produtor fazendo a diversificação de cultura e isso aí é sustentabilidade”.
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