Economia

IGP-M tem deflação de 0,56% em novembro; soja em grão sobe 1,25%

Índice acumula alta de 4,98% no ano e de 5,90% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,56% em novembro, após queda de 0,97% no mês anterior. O Termômetro CMA previa queda de 0,38%. Com este resultado, o índice acumula alta de 4,98% no ano e de 5,90% em 12 meses. Em novembro de 2021, o indicador havia variado 0,02% e acumulava alta de 17,89% em 12 meses. Os números deste mês foram divulgados nesta terça-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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“O IGP-M registrou queda menos intensa nesta apuração. As contribuições para a aceleração da taxa do índice partiram de seus três índices componentes. No índice ao produtor, a soja foi o principal destaque ao registrar alta de 1,25%, ante queda de 0,66%, no mês anterior”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV.

“A principal contribuição para a aceleração do índice partiu da gasolina” — André Braz

“No IPC, a principal contribuição para a aceleração do índice partiu da gasolina, cuja taxa passou de -3,74% para 1,58%. Por fim, no âmbito da construção, a pressão para a aceleração do índice partiu da mão-de-obra, cuja taxa avançou de 0,31% para 0,53%”, complementa Braz.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,94% em novembro, após queda de 1,44% em outubro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo bens finais variou 0,13% em novembro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de 0,03%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,04% para 0,01%, no mesmo período. O índice relativo a bens finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,12% em novembro, após queda de 0,24% no mês anterior.

A taxa do grupo bens intermediários passou de -2,17% em outubro para -0,11% em novembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -5,67% para 0,83%. O índice de bens intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,32% em novembro, ante queda de 1,38% em outubro.

O estágio das matérias-primas brutas caiu -2,86% em novembro, após queda de 1,96% em outubro. Contribuíram para intensificar a taxa negativa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-1,52% para -8,01%), café em grão (-3,35% para -20,97%) e milho em grão (0,58% para -0,74%). Em sentido oposto, destacam- se três itens:

  • Soja em grão (-0,66% para 1,25%);
  • Cana-de-açúcar (-2,55% para -0,64%);
  • Leite in natura (-7,56% para -5,32%).

IGP-M, IPA e IPC

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Foto: divulgação

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,64% em novembro, após alta de 0,50% em outubro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo transportes (-0,96% para 0,79%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -3,74% em outubro para 1,58% em novembro.

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