As exportações de trigo da Argentina devem ser as mais baixas nos últimos oito anos. Devido aos efeitos climáticos, com o La Niña afetando a safra do país pela terceira temporada consecutiva, a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) projeta as vendas externas em 6 milhões de toneladas.
As declarações juradas de vendas ao exterior (DJVE) da Argentina, ou seja, os volumes já comprometidos com exportações, se aproximam de 8,9 milhões de toneladas. O governo permitiu que parte deste volume seja exportado na próxima temporada, uma vez que nesta, não há volume suficiente.
Os estoques finais na temporada são previstos em 1,72 milhão de toneladas, os mais baixos em cinco temporadas. Em 2017/18, foram 1,2 milhão de toneladas. A produção na temporada atual é prevista em 11,5 milhões de toneladas, metade das 23 milhões do ano passado. Esta é a safra mais baixa desde as 10,9 milhões em 2014/15. Já a produtividade, de 2,3 toneladas por hectare, é a menor desde 2008/09, quando foram colhidas 2,11 toneladas por hectare.
Por fim, os preços do trigo argentino informados pela Câmara Arbitral de Cereais, medidos em dólares por tonelada e convertidos pelo câmbio oficial, mostram valores muito superiores à média do mercado e são os mais altos desde 2012/13. As informações são da Agência CMA Latam.
Por Agência Safras