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Boi: mercado está parado no Brasil

A liquidez do mercado do boi gordo deve melhorar de maneira gradual no decorrer da primeira quinzena de janeiro

O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar lentidão nesta quarta-feira (28).

Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, isso é reflexo da proximidade da virada de ano, com muitos agentes ausentes das tratativas.

A liquidez do mercado deve melhorar de maneira gradual no decorrer da primeira quinzena de janeiro.

“Em vários estados, os frigoríficos estão com escalas de abate bem posicionadas, e atuam de maneira comedida nas negociações o que não deixa margem para alta de preços do boi gordo”, diz.

A evolução do atacado, do fluxo de exportações e a atuação da China são fatores a serem acompanhados nas próximas semanas.

O volume de chuvas na região Centro-Norte também é fator importante e pode interferir na estratégia de atuação dos pecuaristas, completou.

Em São Paulo o mercado seguiu moroso, com frigoríficos atuando com pouca força nas compras e com algumas unidades em férias coletivas.

O boi gordo destinado ao mercado doméstico é indicado ente R$ 260/265, com prazo curto para pagamento.

Para boi padrão China a arroba é indicada entre R$ 280/290 a prazo.

Boi no atacado

O mercado atacadista apresentou preços acomodados para a carne bovina.

A dinâmica do mercado pouco mudou no dia, com as redes varejistas bem posicionadas para atender a demanda de Ano Novo.

O consumo na ponta final deve ser aquecido e com isso há expectativa de boa reposição entre atacado e varejo nos primeiros dias úteis de 2023.

Contudo, vale destacar que a demanda tende a cair e especialmente para os cortes nobres.

A demanda historicamente cai no primeiro bimestre com famílias mais endividadas e com gastos extras, como o pagamento de impostos.

“A situação frágil da carne de frango no país devido a excesso de oferta segue em pauta, podendo pesar negativamente sobre os cortes bovinos, por ser produto substituto mais acessível”, afirma Maia.

O quarto traseiro foi precificado a R$ 20,80 por quilo. O quarto dianteiro ficou em R$ 14,90 por quilo e a ponta de agulha em R$ 15,40, por quilo.