O diretor de conteúdo e pesquisa do Centro Empresarial Brasil-China, Tulio Cariello, acredita que a relação comercial entre os dois países tende a ser ampliada a partir deste ano. Na visão dele, esse crescimento passa diretamente por produtos da agropecuária nacional, como a soja e a carne bovina.
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De acordo com ele, o Brasil tem “grande oportunidade” para fazer crescer as exportações de itens para o mercado chinês. No caso da carne bovina, destacou que os preços estão sendo bem apreciados. “Muitas vezes a gente vê um volume menor sendo exportado para a China, mas ao mesmo tempo vemos ganhos maiores por causa do preço”.
“Existe um espaço muito grande para as exportações brasileiras” — Tulio Cariello
Segundo o especialista, por mais que os chineses trabalhem para ampliar suas produções agropecuárias, o país asiático ainda necessita importar o que vem das lavouras e das fazendas brasileiras, como proteínas animais e grãos. Cariello observou, nesse sentido, que o mercado da China se abriu, recentemente, para mais itens nacionais, como laticínios e frutas.
“A gente deve assistir à intensificação do comércio de alguns setores”, disse Cariello ao ser entrevistado pelo Canal Rural. “Existe um espaço muito grande para as exportações brasileiras”, prosseguiu o integrante do Centro Empresarial Brasil-China ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva durante a edição desta quarta-feira (4) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.
A afirmação do especialista foi feita diante do fato de o novo presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ter se reunido com o vice-presidente da China, Uan Kishan. Como representante de Xi Jinping, Kishan entregou memorando para ampliar a cooperação entre as duas nações.
Guerra e pandemia ainda podem afetar a relação entre Brasil e China
Tulio Cariello reforçou, entretanto, que a guerra na Ucrânia e a pandemia da covid-19 podem ser entraves na ampliação da relação comercial entre Brasil e China. Pelo caso do conflito, ele lembrou que o setor agrícola brasileiro ainda é muito dependente de fertilizantes da Rússia (país em guerra contra os ucranianos). Por outro lado, a questão do coronavírus tende a afetar nos preços dos fretes, por exemplo.
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