O conselho da empresa aprovou o plano que pretende, em cinco anos, elevar a produção de cana-de-açúcar da joint de 62 milhões de toneladas para 100 milhões. Dentro dessa estratégia, a produção de etanol deve passar dos atuais 2,2 bilhões de litros para 5 bilhões de litros.
As 23 usinas incluídas na Raízen devem elevar a energia produzida por cogeração de 900 megawatts para 1300 megawatts. A produção de açúcar deve passar de 4 milhões de toneladas para 6 milhões de toneladas. Com isso, o faturamento anual da joint deverá ser de R$ 50 bilhões. Segundo Dias, ainda está pendente a questão do açúcar utilizado para alimentos.
? A tendência é que o açúcar para alimentos não fique na joint venture, mas na Cosan ? disse ele.
Como foi previsto inicialmente que esse setor ficaria na joint, Cosan e Shell estudam no momento uma compensação para a saída dessa operação da parceria, estimada em 600 mil toneladas. O executivo também disse que a Raízen utilizará a grande capilaridade da Shell na Europa e na Ásia para elevar a penetração do etanol de cana-de-açúcar no exterior.
A operação da joint deve começar até o fim do primeiro semestre de 2011. Para o presidente do conselho de administração da Cosan, Rubens Ometto, a Raízen nasce com uma situação financeira confortável, pois da dívida de US$ 2,5 bilhões, a Shell deve aportar US$ 1,6 bilhão. Com a associação com a Shell, a previsão é de que a marca Esso deixe de existir em até 36 meses e os produtos devem passar numa “conversão organizada” para a Shell.
Foi informado também que já existe um memorando de entendimento para integralizar a recém-adquirida usina Zanin à Raizen. A usina foi comprada pela Cosan antes da oficialização da joint venture com a Shell.