Os sistemas agropecuários do Brasil ainda carecem de uma metodologia bem definida em relação ao financiamento do mercado de carbono. É o que aponta a gerente do Serviço de Inteligência em Agronegócios, Helen Estima.
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Em entrevista ao Canal Rural, a especialista no tema destacou que é necessário se ter um conjunto de métodos no país para que se possa quantificar os créditos de carbono a partir da produção rural brasileira. Nesse ponto, ela lembrou que o mercado de carbono é, no Brasil, “voluntário”. Ou seja: não conta com uma legislação específica em vigor.
“Além disso, a gente precisa entender, a nível de Brasil, como país tropical e subtropical (no caso dos estados do Sul do país), como a gente identifica práticas que podem ser medidas, mensuradas, monitoradas e comprovadas para chegar a numa validação de crédito de carbono”, afirmou Helen ao participar da edição desta segunda-feira (9) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.
O agro brasileiro e o mercado de carbono
Helen Estima disse que o mercado de crédito de carbono deve ser construído em conjunto por entes públicos e empresas da iniciativa privada, sobretudo companhias do sistema financeiro. Assim, ela acredita que esse novo nicho — voltado à sustentabilidade — irá se desenvolver no país e, consequentemente, ajudar a movimentar a economia.
A entrevista exemplificou, por fim, como o mercado de carbono poderá funcionar junto ao agronegócio brasileiro. “Quando a gente fala do agro, e falamos dos produtores rurais como principais provedores desses créditos de carbono, temos um processo educacional”, disse Helen durante a conversa com a apresentadora e jornalista Pryscilla Paiva. “Justamente por ser um mercado novo, todo mundo está aprendendo como trabalhar nele.”
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