A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de segunda-feira (9), a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O decreto de intervenção federal foi assinado ainda no domingo (8) pelo presidente Lula, na esteira dos atos de invasões cometidos no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
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Com a aprovação por parte dos deputados federais, o texto segue para análise do Senado. A sessão para votação do decreto de intervenção federal por parte dos senadores está marcada para começar às 11h desta terça-feira (10).
Um acordo foi costurado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pela votação simbólica. Todos os partidos orientaram pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo, com exceção do PL e do Novo, que liberaram a bancada. O PL é o atual partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Esse plenário foi preservado como símbolo da nossa democracia” — Arthur Lira
Lira fez uma pequena fala antes da votação. Citou a “angústia” sofrida ao assistir às cenas de domingo e agradeceu à Polícia Legislativa por ter mantido intacto o plenário da Casa, apesar do Salão Verde, onde está a entrada do plenário, ter sido bastante danificado. “Para tudo que aconteceu dentro da Câmara, esse plenário foi preservado como símbolo da nossa democracia.”
O interventor da segurança pública do DF
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli foi nomeado o interventor. Ele terá o controle operacional de todos os órgãos distritais de segurança pública no período. Cappelli ficará subordinado ao presidente da República e poderá requisitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e humanos do Distrito Federal e de órgãos, civis e militares, da administração pública federal para atingir os objetivos da intervenção.
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