Economia

IPCA tem alta de 5,79% em 2022

Em dezembro, preço do tomate teve alta de 14,17%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,62%, 0,21 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,41%). O Termômetro CMA apostava em alta de 0,45%. Em dezembro de 2021, a variação havia sido de 0,73%. Com isso, o IPCA acumulado em 2022 foi de 5,79%, abaixo dos 10,06% acumulados em 2021. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (10).

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Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,60%) e o maior impacto (0,21 p.p.) vieram de saúde & cuidados pessoais, que acelerou em relação ao resultado de novembro (0,02%). A segunda maior contribuição, 0,14 p.p., veio de alimentação & bebidas, que ficou com alta de 0,66%. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 56% do impacto total do IPCA de dezembro.

A segunda maior variação, por sua vez, veio de vestuário (1,52%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quinto mês consecutivo. Transportes (0,21%) e habitação (0,20%) desaceleraram ante o mês anterior, quando registraram 0,83% e 0,51%, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre 0,19% de educação e 0,64% de artigos de residência.

A alta de saúde & cuidados pessoais (1,60%) está relacionada ao aumento nos preços dos itens de higiene pessoal (3,65%), em particular os perfumes (9,02%). Em novembro, os preços dos perfumes caíram 4,87%; com a alta de dezembro, o subitem contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, 0,09 p.p.

Além disso, houve alta nos preços dos artigos de maquiagem (5,42%) e dos produtos para pele (3,85%). Os planos de saúde (1,20%) seguiram com a mesma variação do mês anterior, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Principais altas do grupo alimentação

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Foto: Pixabay

O resultado do grupo alimentação & bebidas (0,66%) foi puxado pela alimentação no domicílio (0,71%). Destacam-se as altas de quatro itens:

  1. Tomate (14,17%);
  2. Feijão carioca (7,37%);
  3. Cebola (4,56%); e
  4. Arroz (3,77%).

No lado das quedas, os preços do leite longa vida (-3,83%) caíram pelo quinto mês seguido, contribuindo com -0,03 p.p. no IPCA de dezembro.

Na alimentação fora do domicílio (0,51%), o lanche (1,10%) acelerou frente a novembro(0,42%), enquanto o resultado da refeição (0,19%) ficou abaixo do mês anterior (0,36%).

IPCA além de saúde e alimentação

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

No grupo vestuário (1,52%), as roupas femininas tiveram a maior variação (2,10%) e o maior impacto (0,03 p.p.) entre os itens pesquisados. Além disso, os preços das roupas masculinas (1,55%), das roupas infantis (1,46%) e dos calçados e acessórios (1,09%) também subiram mais de 1% em dezembro.

O grupo transportes (0,21%) teve variação menor que a do mês anterior (0,83%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-1,04%). Também houve recuo nos preços do óleo diesel (-2,07%) e do gás veicular (-0,45%). O etanol (0,48%) foi o único combustível com alta em dezembro.

Outro componente do grupo transportes do IPCA a apresentar alta foram as passagens aéreas (0,89%), cujos preços haviam recuado 9,80% em novembro. Cabe ressaltar ainda a alta do subitem pedágio (3,00%), consequência dos reajustes entre 10,20% e 12,00% em diversas praças de pedágio em São Paulo (3,95%), a partir de 16 de dezembro.

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