? O balanço é positivo porque a Caixa sempre foi um banco de varejo e não tinha uma identidade com esse setor de petróleo e gás. Porque o grande objetivo dessa superintendência é facilitar o acesso às pequenas e médias empresas, principalmente, aos serviços bancários, em especial crédito para capital de giro e para investimento. Então, esse primeiro ano foi de abertura de rede de relacionamento e de posicionamento da marca ? disse o superintendente.
Edalmo Rangel já visitou 23 das 78 superintendências regionais da Caixa espalhadas pelo país, sempre reunindo empresários, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e federações estaduais da indústria, para oferecer soluções à cadeia produtiva de petróleo e gás.
O superintendente salientou que a Caixa não pretende atuar nesse setor apenas como um banco típico.
? A gente também está entrando com soluções sociais. Quer dizer, financiamento de moradias para os funcionários das empresas, dos estaleiros ? contou.
Em Recife, por exemplo, a Caixa contratou a construção de 1,3 mil casas para os empregados do Estaleiro Atlântico Sul, com prestações entre R$ 300 e R$ 350 mensais.
Rangel considerou factível a nova superintendência atingir, em 2011, um volume de crédito de R$ 20 bilhões para a cadeia de fornecedores da Petrobras, incluindo financiamento a moradias. Ele confirmou a possibilidade de a Caixa investir no segmento de petróleo e gás, até 2014, o mesmo volume de recursos direcionados à construção civil. No ano passado, a Caixa bateu o recorde de R$ 77,8 bilhões em financiamentos à área da habitação.
Rangel assegurou que a Caixa dispõe de recursos para atender à demanda do setor. Disse que os recursos virão de múltiplas fontes, não rotineiras, como os fundos de investimento e participação.
? Os bancos todos já estão criando mecanismos de captação para poder fazer face a esse volume monstruoso de investimentos.
Segundo destacou, a Caixa tem conversado com vários bancos, públicos e privados porque o volume de investimentos que se abre no país com a exploração de petróleo na camada do pré-sal é tão grande que “nenhum banco sozinho vai agüentar”. A expectativa é que o setor atraia nos próximos anos investimentos superiores a US$ 200 bilhões só para a exploração do pré-sal.