Política

Ministro de Lula volta a descartar venda de autoridades portuárias

Márcio França afirma que o Porto de Santos, por exemplo, não seguirá com processo de concessão

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), voltou a falar nesta sexta-feira (20), que descarta a venda de autoridades portuárias, como no caso do Porto de Santos (SP). “Não concordo que autoridade portuária seja vendida em hipótese alguma”, disse em entrevista à CNN Brasil.

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Mais cedo, em conversa com o BandNews TV, o ministro de Lula também mencionou que o governo federal tem “alternativas mais rápidas” para tirar do papel a obra do túnel seco para ligar Santos a Guarujá, no litoral sul paulista.

Na modelagem de privatização do Porto de Santos criada no governo Bolsonaro, a construção do túnel seco era uma das obrigações do operador que arrematasse o ativo. “Então o túnel vai dar, temos alternativas mais rápidas e mais fáceis do que foi pensado no governo anterior”, disse França.

Ele ainda afirmou que o governo Bolsonaro conseguiu privatizar apenas uma autoridade portuária em quatro anos — a Codesa, no Espírito Santo. Nesse caso, citou que a pasta está olhando a documentação do caso. “E, além disso, no único país fora que foi feito (privatização), toda a parte de locação dos espaços públicos subiu 900%”, disse o ministro.

Márcio França critica modelo de concessão de aeroportos

estação meteorologia
Estação Meteorológica do Aeroporto de Congonhas (SP) | Foto: Sara Kirchhof

Márcio França também reforçou as críticas ao modelo de concessão de aeroportos. Como exemplos, ele citou os três pedidos de devolução apresentados pelas concessionárias de São Gonçalo do Amarante (RN), de Viracopos (SP) e do Galeão (RJ). “No mesmo governo, várias das licitações que foram feitas, sete lotes de aeroportos, para se ter noção hoje três desses aeroportos querem ser devolvidos.”

Os aeroportos mencionados por França, contudo, não foram licitados no governo de Jair Bolsonaro. Todos os leilões foram efetuados ainda na gestão de Dilma Rousseff (PT). “Os proprietários, diga-se de passagem, eram autoridades de outros países, veja a incongruência, não estamos desestatizando, mas internacionalizando, como se vendesse pedaço do país para Inglaterra, França. Por que nossa Infraero não pode gerenciar?”, questionou o ministro de Lula.

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