Soja Brasil

Preços da soja voltam a cair seguindo dólar e Chicago

Apesar de a estimativa da área de soja nos Estados Unidos ter ficado aquém do esperado, mercado segue pressionado por safra brasileira

soja - grãos
Colheita de soja | Foto: Wenderson Araujo/Trilux

O mercado brasileiro de soja registrou apenas negócios “da mão para a boca” nesta quinta-feira (23). Os preços voltaram a cair, seguindo o movimento do dólar e de Chicago.

Além disso, os prêmios estão mais fracos em virtude da entrada da safra. No geral, o movimento do mercado foi pouco significativo, pois os produtores estão focados na colheita.

Confira os preços da soja disponível

  • Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos caiu de R$ 171,00 para R$ 170,00

  • Região das Missões: a cotação baixou de R$ 170,00 para R$ 169,00

  • Porto de Rio Grande: o preço da soja recuou de R$ 177,00 para R$ 174,00

  • Cascavel (PR): a saca decresceu de R$ 167,00 para R$ 166,00

  • Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 173,00 para R$ 172,00

  • Rondonópolis (MT): a cotação da soja caiu de R$ 154,00 para R$ 153,00

  • Dourados (MS): seguiu em R$ 155,00

  • Rio Verde (GO): a saca recuou de R$ 152,00 para R$ 151,00

Soja em Chicago

PREÇO SOJA

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. A evolução da colheita no Brasil e a consequente ampliação da oferta da maior safra de soja da história do país mantiveram o mercado pressionado, apesar da estimativa de área americana do Fórum USDA ter ficado abaixo do esperado.

Com a maior disponibilidade de soja do Brasil, cresce o sentimento que a demanda chinesa vai se deslocar dos Estados Unidos para a América do Sul.

Como fator limitante para a queda, o USDA indicou um plantio da próxima safra norte-americana abaixo do esperado pelo mercado. E houve novo corte nas estimativas de safra da Argentina, dessa vez pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

A área a ser plantada com soja nos Estados Unidos em 2023 deverá ocupar 87,5 milhões de acres. A previsão foi feita durante a abertura do Fórum Anual do USDA, que se estende até esta sexta-feira (24), quando os quadros completos de oferta e demanda serão divulgados.

O mercado trabalhava com número de 88,6 milhões de acres. No ano passado, a área também totalizou 87,5 milhões de acres. Para a produção, o mercado projeta safra passando de 4,276 bilhões de bushels para 4,510 bilhões. Os estoques de passagem deverão subir de 225 milhões para 290 milhões de bushels.

As geadas registradas em partes da área agrícola da Argentina geraram perdas adicionais sobre a safra de soja do país. Por isso, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou sua projeção para a produção do país em 4,5 milhões de toneladas, para 33,5 milhões.

Conforme relatório, a falta de chuvas e as altas temperaturas registradas entre 10 e 11 de fevereiro seguem gerando prejuízos ao estande de plantas. Sem perspectivas de chuvas no curto prazo, os números foram reajustados.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 5,25 centavos ou 0,34% a US$ 15,34 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 15,27 1/4 por bushel, com perda de 7,50 centavos de dólar ou 0,48%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 0,50 ou 0,10% a US$ 478,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 62,18 centavos de dólar, com perda de 0,87 centavo ou 1,37%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,58%, sendo negociado a R$ 5,1380 para venda e a R$ 5,1360 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1100 e a máxima de R$ 5,1760.