Esta Expoinel é mineira apenas no nome. São 124 criadores de oito Estados. O que acontecer aqui vai servir de termômetro para o resto do ano. Em negócios, a previsão é movimentar mais de R$ 20 milhões.
? A gente vê aqui criadores de 40, 50 anos, mas também temos criadores que estão na raça há um ano. Isso mostra realmente a força do nelore, não só como investimento, mas até como paixão ? diz Ronan Eustáquio Silva, presidente da Associação Mineira dos Criadores de Nelore.
Nilo Sampaio é zootecnista da chácara Mata Velha e tem no currículo mais de 80 exposições. Este ano, fez uma pré-temporada como se fosse um técnico de futebol: escolheu o melhor time para enfrentar as pistas.
? Nós temos 100 animais que são avaliados diariamente na fazenda. Enquanto são observados, a gente vai vendo as idades e encaixando no time. De 100, nós apartamos 58 ? afirma Sampaio.
E tem time novo estreando na primeira divisão da elite. É a equipe Nelore Jarí, do pecuarista José Fernando Coura. Ele é empresário do ramo de mineração, tem 30 anos na pecuária de corte, mas apenas um ano trabalhando com seleção genética.
? Imagina um pequeno time do interior de Santa Catarina que foi participar de um torneio em São Paulo com Corinthians, Santos, Botafogo, Cruzeiro, Atlético e Flamengo. É isso que me sinto fazendo, é esta a vontade de crescer e de poder visualizar onde é possível chegar com o gado de elite ? explca Coura.
Para o pecuarista Rodolfo Aquino, da Mima Agropecuária, é como se fosse um campeonato mundial.
? É uma vitrine do zebu, é a seleção brasileira que joga aqui. Marcou ponto, é Copa do Mundo ? compara Aquino.