O mercado brasileiro de soja teve uma sexta-feira (17) de preços fracos, de estáveis a mais baixos. Com a Bolsa de Chicago (CBOT) tendo mais um dia de quedas, apesar da reação do dólar, os valores voltaram a ser pressionados no país. Segundo a Safras Consultoria, os prêmios seguem sob pressão.
Os produtores se afastam e seguram a soja, mas houve até bons volumes de negócios na semana, com o objetivo de fazer caixa, pagar custos e liberar espaço nos armazéns. A colheita avança bem, trazendo também pressão sobre o mercado.
Confira as cotações internas
- Passo Fundo (RS): se manteve em R$ 165,00
- Região das Missões: seguiu em R$ 166,00
- Porto de Rio Grande: baixou de R$ 172,50 para R$ 171,00
- Cascavel (PR): recuou de R$ 155,00 para R$ 153,00
- Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 166,00 para R$ 164,00
- Rondonópolis (MT): caiu de R$ 150,00 para R$ 149,00
- Dourados (MS): baixou de R$ 151,00 para R$ 150,00
- Rio Verde (GO): seguiu em R$ 147,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos, acentuando as perdas acumuladas na semana. O clima de aversão ao risco no financeiro e o avanço da colheita no Brasil foram os fatores determinantes para mais um dia de recuos.
A preocupação com o sistema bancário global foi renovada nesta sexta. Com isso, o fluxo de capital externo voltou a procurar por portos seguros. Como resultado, o petróleo caiu cerca de 2% e empurrou as commodities agrícolas para o território negativo.
Em termos fundamentais, a troca de interesse da demanda chinesa dos Estados Unidos para o Brasil adicionou pressão sobre os contratos. A colheita da maior safra da história brasileira avança e contribui para as perdas. A previsão de chuvas na Argentina completa o cenário baixista, mesmo que as perdas causadas pela estiagem sejam irreversíveis e tenham cortado a produção daquele país quase que pela metade.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 15,00 centavos ou 1% a US$ 14,76 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,61 1/4 por bushel, com perda de 14,75 centavos de dólar ou 0,99%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 8,00 ou 1,68% a US$ 466,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 57,46 centavos de dólar, com perda de 0,27 centavo ou 0,46%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,61%, sendo negociado a R$ 5,2700 para venda e a R$ 5,2680 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2330 e a máxima de R$ 5,2850. Na semana, o dólar acumulou alta de 1,19% ante o real.