A continuidade das chuvas e a redução na evaporação salvaram alguns milhões de toneladas da safra de milho e soja do país. A previsão é de que a safra da oleaginosa caia para entre 48 milhões e 49 milhões de toneladas, contra 55 milhões de toneladas no ano anterior. No começo do ano, participantes do mercado estavam preocupados que a produção de soja do país pudesse cair para 44 milhões de toneladas e a do cereal para 14 milhões de toneladas devido ao tempo seco.
Entretanto, a baixa produção vai reduzir as exportações de milho para entre 11 milhões e 12 milhões de toneladas contra 16 milhões de toneladas no ano anterior e da oleaginosa para entre nove milhões e 10 milhões de toneladas, contra 12 milhões do ano anterior. A Argentina já vendeu 6,5 milhões de toneladas da nova safra de soja para a China ara o período entre abril e julho.
A produção de trigo deve saltar de 8,5 milhões de toneladas para 15 milhões de toneladas devido aos rendimentos excepcionais em algumas regiões. O tempo seco antes da colheita, no final do ano passado, deu impulso para os rendimentos. Em algumas localidades a produtividade passou de 3,5 toneladas para sete toneladas por hectare. Entretanto o teor de proteína de 1% a 1,5% corresponde a 11% a 11,5% do total.
As exportações da Argentina devem quase duplicar para cerca de nove milhões de toneladas, com alguma quantidade de cereal de baixa quantidade de proteína talvez sendo embarcada para países da Ásia, como Bangladesh. É raro que a produção sul-americana seja comercializada com o sul asiático, mas o aperto na disponibilidade fez com que Bangladesh adquirisse ao menos 150 mil toneladas do trigo brasileiro.
O país já tem cinco milhões de toneladas do cereal comprometidos para exportação da cota de seis milhões de toneladas permitida pelo governo. Comerciantes estão agora em busca de novas licenças.