O dólar começou essa semana sendo cotado em baixa. Os investidores seguem à espera de acordo nas negociações sobre o aumento da dívida pública dos Estados Unidos.
Já no Brasil, as expectativas pela votação do texto do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (24), também influem no mercado.
De acordo com o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos, o mais provável é que o câmbio siga rondando entre R$ 4,90 a R$ 5,00 nas próximas semanas e meses.
“Para o produtor, [esse cenário] pode provocar um ‘descasamento’, já que ele adquiriu insumos com um dólar mais alto e agora está tendo de vender a safra com uma taxa mais baixa”.
Custos de produção e o dólar
Se o produtor não está com balanço favorável na safra disponível, na futura as coisas podem mudar. Isso porque Campos lembra que os fertilizantes e defensivos estão com preço mais favorável no mercado internacional.
“Há também os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia e da pandemia, que estão sendo diminuídos nesse momento. Além disso, há a questão do petróleo, que é um insumo importante e que, de certa forma, também teve uma correção. Então, do ponto de vista dos custos, há sinais melhores”, avalia o economista.