A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reuniu nesta quarta-feira (24) para votar os requerimentos de pessoas ou entidades a depor. Isso só foi possível depois de um acordo entre situação e oposição para que o termo usado fosse convite e não convocação.
Entre os requerimentos aprovados, estão os dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Por se tratarem de convites, eles não são obrigados a comparecer à comissão.
Requerimentos da CPI
Durante a sessão, parlamentares da base governista apresentaram requerimentos com o objetivo de investigar também o agronegócio.
“A gente sabe que a agricultura é muito subsidiada (…), inclusive o agronegócio exportador. Para vocês terem uma ideia, a carga tributária que recai sobre a agricultura, do agronegócio, é de 5% do PIB. Em relação à indústria, isso chega a 30% do PIB”, disse a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) apresentou o contraditório ao requerimento, que foi rejeitado pela maioria.
“Se a esquerda quer uma CPI do agronegócio, então que vá fazer um requerimento para instalar a CPI do agronegócio, colher assinatura e aí apresentem, instalem, como a gente fez aqui (…). CPI do MST não é CPI do agronegócio. Quem fez invasão de terra foi o MST, não foi o agronegócio”, afirmou a deputada do PL.
A comissão volta a se reunir no próximo dia 30 para seguir votando requerimentos, mas já na segunda-feira (22) foi aprovada uma diligência em assentamentos na região do Pontal do Paranapanema, no interior de São Paulo.
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