Sempre dizem que o que vemos hoje é o resultado da persistência lá de atrás. E a história da Fazenda Princesa dos Campos, localizada em Maracaju (MS), é prova disso. Situada em uma região que “não tinha a agricultura no DNA”, a propriedade é hoje referência em alto desempenho na produção de soja e milho após buscas por muita informação e capacitação.
A história da propriedade e família dos trás dela faz parte da sétima edição do Projeto Mais Milho, realizado pelo Canal Rural em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
“O solo na época era ácido e teve-se problema na produção não colhendo o esperado. A persistência é o resultado do que se vemos hoje”, comenta Jerry Cambuhy ao lembrar o início dos trabalhos realizados pelo seu sogro, o senhor Telmo, na Fazenda Princesa dos Campos em 1971.
Conforme Jerry, o auxílio da Embrapa foi de sua importância para o seu sogro e a família, uma vez que a região é de terra mista e na época não se trabalhava com a agricultura por lá, e sim a pecuária.
“O solo daqui é propício [para a agricultura]. Ele pode ser corrigido, trabalhado. A agricultura traz progresso. Traz evolução para a região”.
Conhecimento é a fonte da permanência na atividade
Jerry e seu filho Jean Cambuhy comentam que a família não está fechada somente a realidade do grupo criado pelo senhor Telmo. Eles revelam estar sempre em busca de conhecimento, novas tecnologias, acompanhamento e assessoramento, incluindo para os seus colaboradores por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar-MT).
“A gente precisa sempre estar aprendendo. Atualização hoje é uma forma de você continuar no sistema. E, o Senar é uma mão na roda para nós. Ajuda na preparação dos funcionários, na operação da fazenda para a gente ficar adequado aos requisitos hoje exigidos pelo mercado”, diz Jerry.
A prova de que o conhecimento é essencial está nas lavouras. Na Fazenda Princesa dos Campos, em Maracaju, uma das propriedades do grupo, chegou-se à colher cerca de 130 sacas de milho por hectare em alguns talhões o ano passado.
“O ano passado foi excepcional. Uma das melhores produções que se teve. Em compensação no ano retrasado ocorreu uma geada e colhemos 30% apenas do esperado. Nesse ano a expectativa é muito grande, porque temos investidos em adubação de cobertura. Com isso, se der os mesmos níveis do ano passado a gente fica contente”, frisa Jerry.
De acordo com Jean, questões que envolvem clima, como a chuva vista neste ano durante a colheita da soja e semeadura do milho, sempre irão existir. “Graças à Deus o milho está vindo de um jeito diferente. Desde que me formei nunca vi tanta chuva assim nesta época”.
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